quinta-feira, 22 de abril de 2010

Tenho muitas feridas, a maioria eu mesma fiz.
Tem livros que eu já li mais de três vezes e outros que estão empoeirados as traças na minha estante.
Eu sempre erro quando escrevo, mas insisto que seja tudo a caneta. Eu gosto de muita resistência sobre meus borrões e riscos.
Me sinto protegida fechando portões, portas e janelas da minha casa.
Sou impulsiva até a boca e sempre esqueço a única prejudicada.
Aprendi aos 19 anos a demonstrar mais interesse por tudo na vida e aprendi em seguida que eu não sou boa nisso.
Odeio a parte de mim que não consegue odiar, mesmo a pessoa mais filha da puta do mundo.
Gosto de estar errada ao julgar precipitadamente uma pessoa.
Nunca me aceitei, por motivos óbvios. Hoje ainda me vejo igual, apenas mais velha e mais feliz.
Quando bebo além da conta, eu faço de conta que o que eu ouço todo dia mudou.
Não nasci sabendo o que serei na vida e não faço questão.
Às vezes me pego querendo ouvir músicas que não existem.
Algumas pessoas me agradam mais pelo cheiro da pele do que pelo cheiro do perfume e a fragrância de desodorante.

Sim eu sou louca, complexada e cheinha de defeitos. Mas é só nos primeiros anos de convivência depois você acustuma com tudo e mais um pouco.