sábado, 11 de dezembro de 2010

Esperando a solidão passar..

Eu espero, procuro, choro e sempre me vejo sozinha. Parece que estou em uma sala oca, deitada em uma cama sem colchão, borrando minha maquiagem.
Lágrimas involuntárias..

Isso não tem sentido.

Às vezes eu sinto a presença de uma pessoa - no horário de visita. Mas ao mesmo tempo sinto a dificuldade que ela tem de respirar perto de mim.
E mais uma vez ela vai, sem expressão, sem legenda, do mesmo jeito que chegou.
Me dói. Muito.

Há dias que não abro os olhos, abri-los significaria voltar a minha realidade.
A realidade da solidão.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma noite ao som de café e um pão caseiro com queijo industrializado.

É como se eu não coubesse em você. É impossível que não haja uma maneira de entrar.

O que realmente importa? Porque a gente parece não saber.


Um dia nós iremos ver tudo isso de fora e desejar ter sido o que não somos. Mas ainda estamos no hoje.
E deve ser muito engraçado, porque é sempre de morrer de rir.


Não quero embriaguez de ilusões.
Não quero uma busca de coisas que duram, mas pouco valem.


Esta é uma noite em que não há nada. Vazia. Sem graça. Sem sonhos. Sem sono.

Não, você não entende.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Seu tempo.

Abri um buraco no meu quarto e plantei seu cheiro, suas músicas, sua risada, seus carinhos, suas palavras... Reguei a base de lágrimas da saudade que eu bebo todo dia.

Tudo me leva a crer que você é o mais perigoso dos meus amores. Você me assusta. Mas não desgruda de mim que eu choro.
Não quero que seja fácil encontrar motivos para deixar minha vida assim tão vazia, não procurar mais o seu beijo e seu abraço que me devoram. Eu fico insensamente deslocada.

Não repare meu jeito. Eu tenho desejos e medos.

Não quero mais me justificar e tentar encontrar respostas, para o que já aconteceu e o que não vai acontecer.

Eu tenho muito medo para pouco tempo. E você, "muito tempo", apenas.




Eu sou medrosa, covarde, mas agora é só com o mundo inteiro.
Esqueci de ser com você.

domingo, 13 de junho de 2010

Sobra tanta falta.

"Sei lá se o que me deu foi dado.
Sei lá se o que me deu já é meu.
Sei lá se o que me deu foi dado ou se é seu"

segunda-feira, 24 de maio de 2010

He.

Um dia eu conheci o homem mais lindo da cidade. Depois de três anos. Não deu outra. Me vi perdidamente apaixonada em um mês. A paixão me pegou e o homem mais lindo da cidade também.

Apesar de estar falando do homem mais lindo da cidade. Realmente eu não sei dizer o quanto eu reparei na presença dele nesses 202 dias. Só sei que percebi. E não preciso de muitas coisas para notar que conheço o que eu sinto por ele muito melhor do que eu.

Vez que outra o homem mais lindo da cidade... O meu homem mais lindo da cidade, me assusta. Esmaga aquilo que eu carrego no peito, enche meu estômago de borboletas e deixar qualquer coisa presa na minha garganta. Um grito, um “eu te amo”, um...
Tudo que eu passo ao lado dele é único. Eu sei que não vai se repetir.

É bom sentir o cheiro que só ele tem. O beijo e o abraço que só ele dá.
A barba recém feita ainda me incomoda e alguns dos seus assuntos ainda me fazem pensar em tanta coisa. Me orgulho por fazer isso. Que seja para sempre. O nosso para sempre. Que aquele sorriso ainda seja o que eu mais gosto. Que ainda seja perfeito, mesmo sabendo que a perfeição é a gente que cria.

Este lugar que está vazio, sempre esteve assim, mas tem ele.

Te amo, homem mais lindo da cidade.

09:53.

"Quinta-feira, 20 de Maio de 2010". Gritou na tela do computador.
Aqui é diferente o tempo não faz 'tic-tac'. É silêncio puro, sem gelo, mel e limão.
10:10.
Torce os dedos e faz um pedido.
10:15.
"Num piscar de olhos tudo se transforma. Tá vendo? Já passou!"
10:16.
10:17.
E seguindo...


Sinto te informar, mas o que você acabou de ler virou passado...
Mais uma dose de palavras para o Sr. Tempo que já está embriagado ali no canto da vida.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Não?

Eu quero gritar, fazendo a louca, sem que ninguém repare na minha loucura.
Louquinha de pedra e anônima da silva.
Quero morar em uma caixa de televisão. Parece confortável.

Eu compro uma televisão e moro na caixa.
Esse é o plano.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Tenho muitas feridas, a maioria eu mesma fiz.
Tem livros que eu já li mais de três vezes e outros que estão empoeirados as traças na minha estante.
Eu sempre erro quando escrevo, mas insisto que seja tudo a caneta. Eu gosto de muita resistência sobre meus borrões e riscos.
Me sinto protegida fechando portões, portas e janelas da minha casa.
Sou impulsiva até a boca e sempre esqueço a única prejudicada.
Aprendi aos 19 anos a demonstrar mais interesse por tudo na vida e aprendi em seguida que eu não sou boa nisso.
Odeio a parte de mim que não consegue odiar, mesmo a pessoa mais filha da puta do mundo.
Gosto de estar errada ao julgar precipitadamente uma pessoa.
Nunca me aceitei, por motivos óbvios. Hoje ainda me vejo igual, apenas mais velha e mais feliz.
Quando bebo além da conta, eu faço de conta que o que eu ouço todo dia mudou.
Não nasci sabendo o que serei na vida e não faço questão.
Às vezes me pego querendo ouvir músicas que não existem.
Algumas pessoas me agradam mais pelo cheiro da pele do que pelo cheiro do perfume e a fragrância de desodorante.

Sim eu sou louca, complexada e cheinha de defeitos. Mas é só nos primeiros anos de convivência depois você acustuma com tudo e mais um pouco.

terça-feira, 23 de março de 2010

Só quero meus planos não saindo conforme eu planejei.
Só quero a pessoa que eu nunca imaginava ao meu lado.
Só quero uma vida com sentimentos caros que eu ganhei em uma tarde no parque.
Só quero meu chuveiro variando a temperatura da água.
Só quero correr no frio até o campo de areia, perto do ponto de ônibus, me jogar na grama, olhar as estrelas e dizer como vale pena estar viva para fazer isso.
Só quero essas borboletas devorando meu estômago pelo resto da minha vida.
Só quero que possamos ter milhões de significados um para o outro.
Só.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Gosto de te beijar e abrir os olhos pra sentir a sonoridade do seu sorriso. Gosto do seu cheiro, da sua voz, da sua cor, dos teus desejos, da sua sinceridade, da saudade que eu sinto quando eu não te vejo, da suas costeletas, do seu gosto musical, dos seus preconceitos, gosto até das poucas coisas que eu menos gosto em você.

Juro que às vezes eu prefiro me esconder e pensar que nada disso existe, por ser uma das coisas que mais me assustam. E odeio pensar que vou me arrepender por demorar tanto pra te falar essas palavras que eu escrevo.



É como eu não sentisse falta de nada. Na verdade é o que eu sempre quis sentir.
É muito bom te ter por perto.

PS.: Eu te amo. Ah, mas bem pouquinhoo..

sábado, 16 de janeiro de 2010

Que dia lindo para se morrer!